quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Me puxa! Posse. Agradecimento na ação.


O mais novo personagem O DIRETOR para o ator.
Cena da “Posse” do ator Sérgio Mamberti como novo diretor da FUNARTE.


Por onde começar a falar sobre essa semana que foi um grande futuro? Foi a seta de olhos sentindo a potência, para chegar ao ato.

Desde que começamos a comunicação com FUNARTE e que éramos colocados de lado, nunca desistimos.

Resolvemos ocupar. Com a ocupação chamada CHUTE começamos literalmente a abrir a PORTA e o Teatro. As coisas na porta já eram a ação de entrada. Ficou claro que abriria na participação de todas as artes, técnicas, tecnologias.

O CHUTE foi feito no afeto. Da necessidade de espaço para comunicar, praticar. A própria força ato contido na estética de cada dia acordando domingo para revitalizar algo que é um teatro, agente. Aquele monte de bandas, pessoas surgindo, apoiando porque queriam, pintando, dançando, cantando, lendo, falando... Comparecendo. Abrindo os ouvidos para a condição da política cultural, e nem por isso deixando de se divertir. CHUTE.

Nunca desistimos.

Quando veio a ASSERTE nos procurando – em um momento em que estávamos desistindo da FUNARTE e começando a investir em outras instâncias – eles nos abriram a cabeça e abriram a situação que ocorria lá dentro. E que era sentido aqui de fora pelo grupo, como a gente sendo mais uma das coisas entre milhares para serem resolvidas no país, onde não tínhamos tanta força. Mas não. Eles mostraram a situação. Interna. A circulação da instituição, ou a falta, a estagnação. E lá destrincharam para nós coisas que nem na mídia havia saído, nem sairia - e nem saiu. Isso nos chocou. Qual o “porque”? Conversando descobrimos que era o mesmo “porque” do nosso. De melhorar a instituição que dá valor a movimentos artísticos que valorizem a cultura e a história renovando-a sempre.

E quando o Sérgio Mamberti é empossado, e nos recebe no meio de um turbilhão de coisas, nos recebe no final de uma reunião com a ASSERTE, de horas, arrumando suas coisas depois de um abraço de coração, para ir viajar, com a agenda borbulhando diz: “Minha agenda é cheia sim. E não é por isso que vou deixar de tomar decisões importantes.” Bom, o diretor da FUNARTE sabe da importância do teatro, e do nosso trabalho. E depois de dizermos a ele que o teatro estava fechado há 8 anos - onde ele arregalou os olhos -, depois de afirmar pela sua pergunta se o teatro era da FUNARTE, depois de nós escutarmos que ele já havia feito peça lá ele disse : “Precisamos, antes do evento, abrir o teatro para ver se não sai aranha e lagartos de lá de dentro.”

Pronto, um artista com o poder político nas mãos age como um artista. Possibilita a renovação numa primeira comunicação sua com nosso movimento, e o afeto sincero das presenças, das potências, por tudo o que terá que fazer.

No dia de sua posse entendi algo que pode ter sido a força de 68. A força da importância das coisas não pela quantidade nem a qualidade do momento. E sim quando o afeto e você faz ele ser importante, chutando para frente essa força. Para que esse quase deslumbre com a posse de Sérgio não seja duvidada... Que ela potencialize inclusive para esclarecer o que realmente pode ser feito nessa administração que pede e chama tudo.

ME PUXA!

Chama o diálogo dos servidores com a diretoria, os artistas e a diretoria – e quando digo artistas digo todos mesmo, que se interessam pela melhora das administrações das verbas públicas, de artistas que não se interessam em ser lobotomizados – a coragem de participar!

E graças a ASSERTE, pela Paula, Vicente, Paulo, Ana, entre outros, o Chico, o Marcos, estamos tendo a oportunidade de aprender sobre o que é o país, esse órgão, porque eles também acreditaram em algo que está nascendo, esse Teatro Móvel, o Movimento Dulcinelândia... O Sérgio que está afim de administrar aquela instituição com a parceria de todos. Só assim, acredito. Além das idades. Se a pessoa é mais velha tem experiência ao invés de dizer que já fez, faz de novo, melhor e ensina. Os jovens se interem. Façam. Arrisquem. Arrisquemos! Nós vamos conseguir abrir esse teatro de um formato completamente diferente das salas atuais do Rio, tenho certeza. Porque será e é um Centro de Pesquisa, e não puro experimentalismo.

O CHUTE 8° vai acontecer pela nossa resistência e as participações de todos os envolvidos, nos dias de CHUTE e fora, em outras áreas. Agradeço essa oportunidade, sem abaixar a cabeça como se tudo estivesse certo. Pelo contrário. A situação é de continuidade.

Agora vamos para São Paulo entender e se relacionar-comunicando sobre todas as questões que envolvem esse órgão nacional, assim como o Teatro Regina-Dulcina que tem também uma importância de nível nacional, nascendo com a força das comemorações para cremações.

Muita gente afim. Inventando. Criando.

Não pode ficar de estomago vazio. Mas não pode também se submeter. Ficar à parte.

Espero que cada um signifique esse momento. De nascimento do século. 68 todos foram às ruas... se encontraram. Era a força repressora empurrando encontro. Hoje o virtual nos põe a todo momento em comunicação. Para aumentar o valor, ou a importância do encontro.

Vamos nos ver na carne?

Vem a MORTA.
A MORTA das comemorações dos mortos!
A cremação para nosso nascimento. Fogo paixão!

Alo, alo...


Levando pra frente,
Caronte S.A.

2 comentários:

Delcio Marinho Gonçalves disse...

JORNAL DO BRASIL ( Caderno B )
20 de nov. 2007 HELOÍSA TOLIPAN

Lamentável
Ator e diretor do Núcleo de Teatro Contemporâneo, Delcio Marinho leu na coluna. domingo, a notícia sobre o fechamento do teatro Dulcina e fez um triste levantamento sobre os teatros que o Rio perdeu nos últimos 20 anos : Alaska , Teatro Barrashopping, Teatro Copacabana, Teatro do Hotel Nacional, Leopoldo Froes, Teatro da Praia e Tereza Rachel

E mais :
Delcio Marinho esteve no Dulcina, recentemente, e é categórico " Dizer que o teatro precisa de uma reforma é um falso argumento . O Dulcina foi adaptado há dois anos para uma concepção cênica de espetáculo de Bia Lessa, ou seja, ela fez uma transformação no palco que era italiano e hoje está como uma semi-arena. é um praticável e pode ser retirado ou pode ser utilizado como está. Tem até ar refrigerado central e funcionando, tudo ok... palco, coxias, camarins, banheiros. Como um teatro , no Centro do Rio, pode estar fechado ? Um ator não trabalha em escritório. Precisa de uma casa que possa receber espectadores ! "

Fredy Állan disse...

não está bem assim não o teatro. ela não fez essa transformação cenica arquitetonica. ela preparou algo pra peça dela. mas é legal sua posição de ocmunicação... o teatro não pode ficar fechado e não deve ser mal administrado por órgãos publicos e artistas...

Chega junto

dulcynelandia@gmail.com

Imagens de dentro do Teatro Regina-Dulcina


CONHEÇA O CANAL DULCY veja mais vídeos
http://canaldulcynelandia.blogspot.com/