terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CHUTAMOS - AGORA O PRÓXIMO PASSO - não pode parar!



FUNARTE ABRE AS PORTAS PARA O PROJETO VIVO DO MOVIMENTO DULCYNELÂNDIA (?)



O Teatro Dulcina depois de 8 anos de obscura atividade, abre as pernas.


A FUNARTE, órgão responsável pelo teatro atualmente, através da autorização do presidente Sérgio Mamberti, libera o Teatro Regina-Dulcina para a ocupação no aniversário dos 73 anos do teatro.


À todos da FUNARTE, agradecemos de coração a abertura desse diálogo e o carinho que recebemos de todos vocês; presidência, diretoria e servidores. Sem dúvida nenhuma, o que estamos fazendo juntos nesses aniversários já entrou para a história do Regina-Dulcina.


A idéia do movimento com essa abertura no dia 5 foi para que os artistas, e todos que lá entrassem, se questionassem sobre o estado do teatro.


O que precisa ser feito?


O CHUTE 8°, que foi realmente uma festa, com quem estava, foi, para quem quis saber, apenas a ponta da ação necessária para a reabertura do teatro numa reforma inovadora.


Agora não podemos parar.


O Movimento Dulcynelândia propõe as seguintes ações como caminho para uma abertura e reabertura do teatro numa ação viva com a Cinelândia. Tendo como representantes a Ocupação Manuel Congo com seus moradores; os artistas interessados na prática e experimentação de seus trabalhos em comunhão com a ação de estimular o público, as crianças e os adolescentes da Ocupação e da Cinelândia; e os arquitetos interessados em pensar uma arquitetura na relação viva com o social e com as novas criações do teatro. Desenvolvendo assim trabalhos que influenciem a arquitetura e a ocupação do teatro para uma renova-ação.


1. Que se firme com a FUNARTE e o Movimento Dulcynelândia um TIME de arquitetos e engenheiros que farão o levantamento do orçamento para uma reforma emergencial até dia 3 de fevereiro.


2. Dia 3 de fevereiro de 2009 uma parte do Movimento, que terá ido para São Paulo, volta ao Rio com a peça A MORTA para ser apresentada em homenagem a Dulcina de Moraes no dia do seu aniversário, em parceria com a FUNARTE. Será necessário preparar o teatro para uma encenação de rito para Dulcina.


3. No mesmo 3 de fevereiro o Movimento trará uma proposta de ocupação para o ano de 2009 dentro do Teatro Regina-Dulcina com a Ocupação Manoel Congo e os outros artistas interessados na construção de uma Universidade Livre.


4. Instituir uma ASSEMBLÉIA DE ARQUITETURAÇÃO DULCYNA no ano de 2009 para se discutir as propostas e idéias, dos artistas que estarão envolvidos na ocupação do teatro e dos artistas convidados, para o novo projeto arquitetônico do teatro.


5. Que a parceria aberta entre a FUNARTE e o Movimento Dulcynelândia continue para que o Teatro Regina-Dulcina seja um espaço completamente inovador e que o ato concretizado dia 5 de dezembro, força de concentração dos outros CHUTES, não morra esquecido e abandonado.


O Movimento Dulcynelândia não que deixar o Teatro Dulcina fechado.

Porém a ação de abertura deve ser conjuminada com uma ocupação artística que mobilize a necessidade, e revele o que o teatro realmente precisa como reforma ideal.

Tornando-o um espaço para uma Universidade Livre, centro de pesquisa e prática de experimento em conhecimento; cultura e educação.


É preciso que a FUNARTE se comprometa perante os artistas que estiveram no teatro no dia 5, e que se interessaram pela revitalização do Dulcina.


Para tanto fica a proposta acima descrita, para que nos concentrarmos na montagem da peça e na formação desse time para o levantamento do Orçamento de Reforma Emergencial, e assim prepararmos o dia 3 de fevereiro. Para que a partir desse dia a proposta que traremos de ocupação possa acontecer efetivamente dentro do teatro, enquanto acontece a reforma emergencial.



"...o que eu desejo ardentemente é que toda essa busca, esta pesquisa e inquietação nos conduzam à uma realização da verdade.

Que o teatro encontre a palavra para dizer; o gesto para fazer!


Dulcina de Moraes




Movimento Dulcynelândia


dulcynelandia@gmail.com

www.movimentodulcynelandia.blogspot.com

21 2507-4725

Novo passo. Nova fase. Rito de troca, renovação e diálogo

Posse do novo presidente da Funarte Sr. Ator Sérgio Mamberti. Palácio Gustavo Capanema. Rio de Janeiro.

Assustadoramente bonito, disse um amigo.
Bonito e assustador o quanto de confiança e esperança estão todos depositando nessa nova diretoria que chega após a pior fase da instituição, segundo seus servidores. O ator Sérgio Mamberti foi recebido com empolgação ímpar no que se vê normalmente em solenidades como essa. Foi ovacionado com muitas palmas e urros pela platéia de convidados composta de artistas, produtores, servidores públicos e políticos. Estavam todos claramente emocionados, com o clima de renovação instaurado, pelas palavras de Sérgio, da presidente da associação de servidores da Funarte Paula Nogueira e do ministro da cultura Juca Ferreira. O discurso de diálogo, de boa relação com os servidores e de necessidade de participação e proximidade dos artistas na instituição, foram pontos importantes e comuns entre seus discursos. No dia seguinte, subindo o elevador do prédio se ouvia as pessoas comentarem “foi bom ontem, né?”, “As coisas estão mudando”, “já mudaram, a gente sente no ar, no clima”. Há uma confiança e uma expectativa nessa nova diretoria que chega a assustar, mas que realmente enche de esperanças os corações abertos. Tudo indica sim que melhoras significativas virão.

Agora há muito trabalho a fazer e a comunicação com a comunidade artística e com a sociedade em geral parece ser a tônica dessa jornada. Pelas próprias palavras de Juca Ferreira: “Não vamos conseguir resolver os problemas da cultura do país dentro dos gabinetes”. É preciso conhecer as manifestações, conhecer as pessoas, os artistas dentro das pessoas, ouvir o que eles têm a dizer sobre suas funções, seus trabalhos. Comunicação, diálogo e troca.

Porque estão realmente acontecendo transformações.
E não dá pra se alienar.
Tem toda uma esfera de políticas e dinheiro público para cultura que é preciso se interar, pra entender como funciona, pra poder cobrar que seja feito direito, e principalmente, pra transformar a forma de fazer.

Agora, mais uma vez, o que vai trans-formar é o interesse e a ação do ARTISTA.

Dia 5 de dezembro é aniversario do teatro Regina-Dulcina, 73 anos.
O teatro está fechado há oito anos.
E nesse dia vamos abrir A PORTA.
Pela relação que estabelecemos com essa nova Funarte.
Como símbolo de uma nova fase de diálogo entre diretoria, artistas e servidores, estabelecendo mesmo a proximidade e a parceria dos artistas com a instituição de políticas públicas e programas de fomento para a cultura mais importante do país.

O Movimento Dulcynelândia vem lutando pela reabertura do Teatro Dulcina desde o inicio do ano, e realizando os CHUTES quinzenalmente na porta do teatro desde julho para explanar sua situação de abandono (veja em www.movimentodulcynelandia.blogspot.com). Após o 8º CHUTE, que será realizado no dia 5 de dezembro comemorando o aniversário do teatro, uma parte do Movimento segue para São Paulo para realizar CHUTES em frente ao TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, para explanar a situação da sua compra pela Funarte para instalar uma biblioteca especializada em teatro (onde se gastará ao todo por volta de 5 milhões!!) e instigar os artistas de São Paulo a se interarem e interferirem nesse projeto. Em São Paulo o Movimento também inicia o processo de montagem da peça “A Morta” na adaptação do texto homônimo de Oswald Andrade, feita em homenagem ao centenário de Dulcina de Moraes, ao cinqüentenário de Teatro Oficina, aos quarenta anos de Tropicalismo, entre outras comemorações justas e necessárias nesse inicio de século. No dia 3 de fevereiro de 2009, aniversario de 101 anos de Dulcina, o Movimento Dulcynelandia retorna ao Rio de Janeiro, para encenar um primeiro processo de “A Morta” dentro e fora do Teatro Dulcina, na Cinelândia. Voltando para São Paulo para finalizar o processo de montagem da peça, o Dulcynelândia segue sua pesquisa do Teatro Móvel, partindo em julho de 2009 para uma viagem de cinco meses pelo Brasil levando “A Morta” e fazendo CHUTES em cidades pré-definidas num roteiro onde a cada cidade faz-se um CHUTE de chegada; uma ocupação de algumas semanas para conhecer e trocar com artistas da região, criando e produzindo em parceria; e um CHUTE de saída incorporando esses artistas, essas produções e a realidade cultural daquele lugar, seguindo assim para a próxima cidade. O roteiro será feito de forma que no dia 5 de dezembro de 2009 o Movimento Dulcynelândia esteja novamente no Rio de Janeiro para fechar esse ciclo fazendo o CHUTE de aniversário do teatro novamente, trazendo todo esse material, produções e registros da troca feita com os artistas das cidades percorridas nessa viagem.

Então no próximo dia 5 de dezembro vamos abrir o teatro e passar esse tirso, esse bastão. Da comunicação, do diálogo, da ação.

O Teatro Dulcina não é nosso, não é pra gente.
É pra uma construção, pra uma transformação.
Temos uma proposta para o teatro, arquitetônica e de ocupação-utilização do espaço (veja no link “o movimento” em nosso blog). É uma proposta pra ser construída na parceria de artistas, público, e órgãos e instituições públicas e privadas. É uma proposta de formação em arte, de uma universidade livre. Uma proposta de educação e cultura, e não de ocupação do teatro com as peças do nosso umbigo-grupo.

Por isso chamamos a todos para estarem na Rua Alcindo Guanabara no dia 5!
Diretoria e servidores da Funarte, artistas e público!
Com suas artes, comunicações e interesses.

Para se interarem da proposta do Movimento para o Dulcina.
Para interarmo-nos sobre o futuro de um teatro fechado.
Para estabelecermos essa comunicação efetiva e afetiva dos artistas com a Funarte.
Para os artistas se sentirem à vontade para circular novamente nos corredores da Funarte.
Para conhecermo-nos, estreitando os laços.
Para abrirmos essa porta juntos.
No rito. Na ágora.

Com amor e axé de troca, encontro e diálogo.

Merda!


inquieto por movimento,
hierofante comunicador

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CHUTE D'Nega cantor da Ágora Cinelandica

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

o que é o CHUTE !?

parte 1


parte 2


bate papo com Acauã e Fredy na porta do Teatro Dulcina
o que é o CHUTE - filmagem Aline Reis - vídeo pororoca

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Me puxa! Posse. Agradecimento na ação.


O mais novo personagem O DIRETOR para o ator.
Cena da “Posse” do ator Sérgio Mamberti como novo diretor da FUNARTE.


Por onde começar a falar sobre essa semana que foi um grande futuro? Foi a seta de olhos sentindo a potência, para chegar ao ato.

Desde que começamos a comunicação com FUNARTE e que éramos colocados de lado, nunca desistimos.

Resolvemos ocupar. Com a ocupação chamada CHUTE começamos literalmente a abrir a PORTA e o Teatro. As coisas na porta já eram a ação de entrada. Ficou claro que abriria na participação de todas as artes, técnicas, tecnologias.

O CHUTE foi feito no afeto. Da necessidade de espaço para comunicar, praticar. A própria força ato contido na estética de cada dia acordando domingo para revitalizar algo que é um teatro, agente. Aquele monte de bandas, pessoas surgindo, apoiando porque queriam, pintando, dançando, cantando, lendo, falando... Comparecendo. Abrindo os ouvidos para a condição da política cultural, e nem por isso deixando de se divertir. CHUTE.

Nunca desistimos.

Quando veio a ASSERTE nos procurando – em um momento em que estávamos desistindo da FUNARTE e começando a investir em outras instâncias – eles nos abriram a cabeça e abriram a situação que ocorria lá dentro. E que era sentido aqui de fora pelo grupo, como a gente sendo mais uma das coisas entre milhares para serem resolvidas no país, onde não tínhamos tanta força. Mas não. Eles mostraram a situação. Interna. A circulação da instituição, ou a falta, a estagnação. E lá destrincharam para nós coisas que nem na mídia havia saído, nem sairia - e nem saiu. Isso nos chocou. Qual o “porque”? Conversando descobrimos que era o mesmo “porque” do nosso. De melhorar a instituição que dá valor a movimentos artísticos que valorizem a cultura e a história renovando-a sempre.

E quando o Sérgio Mamberti é empossado, e nos recebe no meio de um turbilhão de coisas, nos recebe no final de uma reunião com a ASSERTE, de horas, arrumando suas coisas depois de um abraço de coração, para ir viajar, com a agenda borbulhando diz: “Minha agenda é cheia sim. E não é por isso que vou deixar de tomar decisões importantes.” Bom, o diretor da FUNARTE sabe da importância do teatro, e do nosso trabalho. E depois de dizermos a ele que o teatro estava fechado há 8 anos - onde ele arregalou os olhos -, depois de afirmar pela sua pergunta se o teatro era da FUNARTE, depois de nós escutarmos que ele já havia feito peça lá ele disse : “Precisamos, antes do evento, abrir o teatro para ver se não sai aranha e lagartos de lá de dentro.”

Pronto, um artista com o poder político nas mãos age como um artista. Possibilita a renovação numa primeira comunicação sua com nosso movimento, e o afeto sincero das presenças, das potências, por tudo o que terá que fazer.

No dia de sua posse entendi algo que pode ter sido a força de 68. A força da importância das coisas não pela quantidade nem a qualidade do momento. E sim quando o afeto e você faz ele ser importante, chutando para frente essa força. Para que esse quase deslumbre com a posse de Sérgio não seja duvidada... Que ela potencialize inclusive para esclarecer o que realmente pode ser feito nessa administração que pede e chama tudo.

ME PUXA!

Chama o diálogo dos servidores com a diretoria, os artistas e a diretoria – e quando digo artistas digo todos mesmo, que se interessam pela melhora das administrações das verbas públicas, de artistas que não se interessam em ser lobotomizados – a coragem de participar!

E graças a ASSERTE, pela Paula, Vicente, Paulo, Ana, entre outros, o Chico, o Marcos, estamos tendo a oportunidade de aprender sobre o que é o país, esse órgão, porque eles também acreditaram em algo que está nascendo, esse Teatro Móvel, o Movimento Dulcinelândia... O Sérgio que está afim de administrar aquela instituição com a parceria de todos. Só assim, acredito. Além das idades. Se a pessoa é mais velha tem experiência ao invés de dizer que já fez, faz de novo, melhor e ensina. Os jovens se interem. Façam. Arrisquem. Arrisquemos! Nós vamos conseguir abrir esse teatro de um formato completamente diferente das salas atuais do Rio, tenho certeza. Porque será e é um Centro de Pesquisa, e não puro experimentalismo.

O CHUTE 8° vai acontecer pela nossa resistência e as participações de todos os envolvidos, nos dias de CHUTE e fora, em outras áreas. Agradeço essa oportunidade, sem abaixar a cabeça como se tudo estivesse certo. Pelo contrário. A situação é de continuidade.

Agora vamos para São Paulo entender e se relacionar-comunicando sobre todas as questões que envolvem esse órgão nacional, assim como o Teatro Regina-Dulcina que tem também uma importância de nível nacional, nascendo com a força das comemorações para cremações.

Muita gente afim. Inventando. Criando.

Não pode ficar de estomago vazio. Mas não pode também se submeter. Ficar à parte.

Espero que cada um signifique esse momento. De nascimento do século. 68 todos foram às ruas... se encontraram. Era a força repressora empurrando encontro. Hoje o virtual nos põe a todo momento em comunicação. Para aumentar o valor, ou a importância do encontro.

Vamos nos ver na carne?

Vem a MORTA.
A MORTA das comemorações dos mortos!
A cremação para nosso nascimento. Fogo paixão!

Alo, alo...


Levando pra frente,
Caronte S.A.

sábado, 8 de novembro de 2008

CHAMADO - ANIVERSÁRIO DO TEATRO REGINA-DULCINA

É a hora métrica.
Dia 5 de Dezembro de 2008 é aniversário do Teatro Regina-Dulcina.
O teatro fará 73 anos.
E está fechado há oito.

Façamos um grande rito de re-nascimento!

Dia de ebó.
Dia de relembrar e conhecer.
Dia de comunicação e diálogo.
Dia de estabelecer parceria.
E projetar para frente novos 73 anos.

Mais de setenta anos de história e atuação importantíssima para o teatro brasileiro.

Antes Theatro Regina, depois Teatro Dulcina, foi sempre uma referência de modernidade e boas produções. Não só para o teatro, como também para a música (o teatro recebeu o Projeto Pixinguinha em seu início, no fim da década de setenta). O prédio, o teatro, e seu palco, acompanharam toda modernização que Dulcina promoveu no teatro brasileiro. Foi ali que foi pensada e se iniciou a primeira faculdade de arte do país, que depois Dulcina levou para Brasília.

Evocamos e conclamamos os deuses do teatro!! Ió Dionysos!
Conclamamos axé de renovação, comunicação e diálogo!
Orienta e trilha bons caminhos, generosidade e temperança aos corações da nova diretoria da Funarte.

Recebamos de corações, braços, ouvidos, cabeças e corpos abertos o novo presidente da Funarte, Sr. Sérgio Mamberti, um homem de teatro!

Incentivemos e instiguemos uma nova gestão com participação ativa dos artistas!
Estejamos presentes, interessados!
A Funarte é casa de artistas; freqüentemos, ocupemos.

Façamos uma festa em favor transformação!

O momento de renovação da Funarte.
Quando nós, o coro, recebemos um novo corifeu, Mamberti Dr. Vitor.
Importante agora a abertura e participação de todos, a ligação de todos.
Os artistas mais próximos da Funarte, a presidência mais próxima dos servidores, e os servidores fazendo essa ponte entre classe artística e instituição.

Chamamos todos para um grande CHUTE de encontro.
Instigando uma nova fase do teatro, da Funarte, para simbolizar o início de uma nova relação entre instituição, servidores e artistas.

Dia 5 de Dezembro.
Venham todos!
Façamos nossos coros.

Chamamos a presença das partes do corpo!
Artistas, servidores, nova direção! Público!
Vivos!
Vamos abrir a porta.
Funarte, Mamberti, vamos abrir a porta!
Abrir esse canal de circulação, renovação e limpeza das energias.
Abrir o canal com a rua, com a ágora, com o social.
Uma ação de parceria para transformar a relação das pessoas com o teatro e seu entorno.
Revivamos a ágora grega do encontro!
Das políticas, dos amores, das idéias e das soluções.

Com amor, braços, ouvidos, boca, pernas e coração.
Axé de diálogo e entendimento.

Merda!

acauã sol

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL NO THEATRO MUNICIPAL


Em noite de Theatro nem sempre quem tem convite é rei



Em meio a atual conjuntura em que se encontra a FUNARTE, principal órgão responsável pela difusão da cultura no país, os dirigentes do Minc realizaram uma pomposa cerimônia de entrega de medalhas de Honra ao Mérito Cultural na ultima terça feira. O cenário era o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia. Os atores eram a elite brasileira, a elite artística e a não artística. Numa fálica atuação conjunta.


Paralelo ao happening dentro do teatro, do lado de fora, artistas, servidores da FUNARTE e alguns transeuntes se manifestavam sobre aquilo que lá dentro, certamente não estava em pauta. Discutir os caminhos da instituição – FUNARTE – que a dois dias do evento no Municipal foi motivo de matéria principal no segundo caderno (o globo) denunciando o presidente, até aquele momento Celso Frateschi, de usar a instituição em beneficio próprio.


A repercussão disso na grande imprensa não poderia ter sido diferente, apenas o glamour dos artistas que lá estavam virou noticia. Não se falava da crise no setor cultural, tampouco dos que insatisfeitos com a atuação do governo sobre as políticas públicas para a cultura, denunciavam sua insatisfação num te-ato bem em frente ao grande Municipal, na rua. O movimento Dulcynelândia para a re-abertura do teatro Dulcina, localizado também na Cinelândia, entregou para os vários artistas que por lá passaram, o projeto para a revitalização do teatro (fechado há oito anos) juntamente com o manifesto chamado SOS FUNARTE, feito em parceria com a ASSERT - associação dos servidores da FUNARTE.


Nesse meio tempo, um dos participantes do Movimento, Freddy Allan, ator, que recebera o convite da grande premiação em sua residência, ao se encaminhar para a porta de entrada do teatro foi categoricamente barrado. E pasmem o convite apesar de ter sido destinado ao próprio, foi tomado pelos seguranças que o impediram de entrar, empurrando-o, maldizendo-o, na frente de txingando-o, na frente de r, impurrando-o, teatro foi categoricamente barrado. E pasmem, o convite apesar de estar na modos os convidados que continuavam a entrar normalmente, numa total inércia, como se sem ver e nem ouvir nada. Mas a história pra ser boa, boa mesmo, tem que acabar em confusão e dessa vez não foi diferente. A policia pó-li-glo-ta (aquela que - supostamente- dialoga com as várias camadas sociais) entrou em cena e ai não é difícil imaginar o desfecho dessa ridícula situação a que foi submetido o representante dos artistas populares, dos artistas da atua-ação. O menino, ator, cidadão, gente, que tem pouco mais de metro e meio de altura, foi arrastado, literalmente, por dois policias que “generosamente” o puseram pra fora do teatro.


Era a própria materialização do que eu todo mundo e mais o seu Raimundo já desconfiávamos. O acesso à cultura não é para todos. Não mesmo! A cultura brasileira tem que ser celebrada sim. Mas aquilo lá mais parecia um ritual fúnebre. Por que não fazer uma festa na rua, mostrar a Dona Zabé da Loca tocando seu pífano pra todo mundo. Não, tem sempre que recalcar dentro de quatro paredes num teatrão, as donas com seus laquês e os donos com seus ternos pretos e gravatas coloridas. Mortos, todos mortos! Bom mesmo é o povo que faz da arte um estado de espírito. Por certo que a homenageada Eva Todor não estava confortável em seu (imagino eu) pesadíssimo casaco de pele de raposa ou sei lá que outro pobre animal. Apesar de sua incrível semelhança com minha avó, que Deus a tenha, não acredito que essa respeitável senhora de teatro se satisfaça com esse tipo de premiação. Vai saber né?


Não há duvidas de que os artistas brasileiros merecem homenagens, merecem e muita. Esse negócio de cultura brasileira é uma loucura, só de falar da vontade de chorar. É tanta coisa boa, tanta coisa bonita, a coisa vem das entranhas mesmo. Não seria justo transformar toda essa fonte jorrando musica, teatro, cinema, poesia, palhaços, espetáculo de poucos. A cultura vem do povo coloca-la dentro de um quadrado, emoldura-la e coloca-la na parede não creio que seja a melhor forma de preservá-la e saúda-la. Ah! E não para não esquecer, policia é para quem precisa de policia, sendo assim deixem as crianças e os palhaços fora disso, por favor! E viva a cultura nacional!


Nina Lopez


S.O.S. FUNARTE




Política, interesse e amor.



O amor é filho do tempo.

O tempo intervém na trama.

E ela acaba ou se renova

.

Estou aprendendo o que é fazer política pra perder o preconceito com política. Porque se política é uma merda, aí é que precisamos fazer política pra deixar de ser merda.


Se eles fazem política, a política é pra eles. Se a gente faz, é pra gente. E se todos fazem, é para todos. Na política da ágora grega, interferimos porque é do nosso interesse. Façamos política com amor, acompanhemos as políticas públicas para o nosso setor. Procuremos conhecer e acompanhar as políticas públicas para a cultura, já que é cultura que fazemos.

Com amor.

Cuidando.


O Ministro da Cultura, Juca Ferreira, está fazendo encontros por todo território nacional para discutir com os produtores e agentes de cultura do país as próximas ações do Ministério. A série de encontros denominada Diálogos Culturais, com artistas e produtores culturais do país, tem como objetivo discutir as questões do Ministério com quem está na prática produzindo cultura no Brasil. O primeiro encontro da série aconteceu na quinta-feira passada no Palácio Gustavo Capanema, onde se encontra a FUNARTE e outros setores de cultura do governo federal, no Rio de Janeiro. Estive no encontro por conta dos últimos acontecimentos na FUNARTE e pela luta que travamos pelo Teatro Dulcina. Meu objetivo era entender como fica a re-estruturação da FUNARTE depois da presidência destruidora de Celso Frateschi e entregar ao seu presidente interino, Zulu Araújo, o projeto do Movimento Dulcynelândia.


Achei o encontro interessante, mostrando boas possibilidades de diálogo com o novo Ministério. O Juca realmente falou tudo que queríamos ouvir sobre a Lei Rouanet. Ele tem opiniões muito interessantes acerca da lei e seus problemas, que eu nunca tinha ouvido nenhum dirigente de cultura dizer. Por exemplo: “se vamos dar cem por cento de isenção para tal projeto, é melhor já dar o dinheiro direto, já que o dinheiro que viria da empresa seria dinheiro público, de imposto.” (www.cultura.gov.br/reformadaleirouanet). Parece que as coisas vão melhorar. Mas só se falou disso. Todos os produtores e artistas ali presentes estavam preocupados com a Lei Rouanet, em como vai ser agora, como serão seus projetos.


Gente, a Lei Rouanet é só um dos meios do estado financiar cultura, e que ainda dá créditos a empresas privadas através de um dinheiro que é público.


A Fundação Nacional de Arte – FUNARTE é o principal meio que o governo federal tem de financiar a cultura de uma forma democrática e justa. Não podemos deixar de discuti-la, pois como o próprio Ministro disse: a principal forma que o governo tem de fomentar grupos e artistas pelo Brasil todo é através de programas e editais, e não através de lei de incentivo, que dependem de interesse do marketing de empresas privadas.


Não resta dúvidas que a FUNARTE - como o principal órgão de políticas públicas para cultura - e sua renovação, precisa ser pauta principal de uma conversa como essa que aconteceu quinta feira passada com o Ministro. Juca falou que, mais ou menos em vinte dias, terá o nome do novo presidente. Acho que, em vez de simplesmente anunciar quem será presidente depois de decidido, devia acontecer uma discussão com possíveis nomes em aberto, com os artistas e os servidores, que são os mais interessados nessa presidência e diretoria. Pois o diálogo dessas duas partes com a Presidência tem que ser o mais aberto e saudável possível. Para não acontecer uma gestão centralizadora como a de Celso e para podermos juntos re-estruturar a FUNARTE, depois desse período negro pelo qual ela passou.


Os bons ventos do diálogo e da tranqüilidade merecem comemoração mas creio que agora, num momento de renovação, é a hora certa para estabelecermos de vez a comunicação entre artistas, servidores e presidência para que possamos fazer juntos a renovação da estrutura e das relações dessa instituição tão importante para a cultura do país. Com amor e respeito a todos os interessados.


O interesse é o primeiro passo da ação.


É de extrema importância a mobilização dos artistas de todos os setores em conhecer isso tudo. Para entender como se dão os processos na esfera pública, das verbas, das leis, de políticas na área de cultura.


Cuidar e participar.

Se fazer presente e se fazer escutar.


Para que depois não chorem nos seus umbigos trancados em suas salas, dizendo que a cultura no país não tem mais jeito.


Acordem!


Mais do que para o público, a FUNARTE é uma instituição feita para os artistas, para atender as especificidades de cada setor, para que os artistas sejam ouvidos em suas necessidades.


A FUNARTE tem que se tornar interesse de todos que fazem arte e promovem cultura no país.


Participemos e cuidemos do que é nosso por interesse.


Não sejamos burros.

Não nos tranquemos em nossos projetos-umbigos-particulares, pois o que é nosso, público, é de todo mundo.


Do que é público cuida quem se acha dono.


Axé de motivação e movimentação.

Merda!


Vivo e inquieto,

Acauã Sol


SACIS


SACIS – O Cupido Brasileiro


Recebemos mais que um convite de agregação para manifestação.

Recebemos também mais que uma responsabilidade.

De verdade em verdade, chegamos (!), nós, os sacys, os cupidos brasileiros, que nos apaixonamos e demos a cara pra nego bater, mas com pés de remolino, nossa ocupação, flexa-serpentina que lançamos pegou algum coração.

E quando fomos contatados e sacyzados, entendemos que temos que cuidar. Cuidar do que é nosso porque senão ethernamente vamos chorar nos quartos, casas ou na cervejinha.

Senti meu corpo pequeno a paixão enorme de uma sensibilidade para a vida que se chama Teat(r)o.

Constatação.

Todas as paixões são aprisionadas. Todas. As paixões, os amores de um coletivo ou indivíduo para um avanço. Uma melhora. Amor a dois. De grupos.


Não estamos quebrando nada.

Ao contrário.

Além do direito da manifestação artística, tínhamos o direito de entrar. Eu tinha. Na matéria do CQC o jornalista diz que o segurança informou que era porque eu não estava usando gravata e terno!

Não é verdade.

Eu fazia parte daqueles sacis que estavam lá embaixo da escadaria do outro lado da grade.

Fazia parte da paixão, do fogo.

E por fazer parte da paixão

O palhaço

É carregado para a calçada

É símbolo de tudo o que é engolido.

Despolitizado, Anti-amor

Ao país, a arte, a educação

E tudo isso necessitando renovação gerando paixão

É colocado para fora

Fora , sempre.

Burrice e Ignorância cultural.


AMOR!


Nós estávamos lá. Antes desse fato, antes de ser arrastado.

Esses sacys receberam os artistas renomadosz, que seriam homenageados ou que acompanhariam as homenagens. Foram recebidos como celebridades por nós. Porém eles ouviam nossas informações de paixões, que pediam que eles roubassem o fogo para eles, e que as estrelas que são iluminassem o abandono e o descaso.

Letícia Spiller foi interpelada e conscientizada do estado da FUNARTE, do Dulcina fechado, da nossa proposta; ouviu dos cremadores que a estrela que ela é de TV, tem que virar a baca-puta do santeiro do mangue das massas, ser a fúria que revira. Assim ela foi aplaudida e intimada, com todo amor e serpentina.

Assim foram recebidos Fernanda Montenegro, Sérgio Mambertti, Gil, Mautner...

O Mautner ainda ficou sabendo que queremos quase uma anti-universidade... O Gil chegou, ouviu que tínhamos uma proposta pro Dulcina fechado e respondeu : - Eu sei.

E ao chegarem iam sabendo do que acontecia. Fora que também intimávamos para que eles também acompanhassem o que está acontecendo na FUNARTE para que ela se renove tanto na participação dos artistas, quanto na diretoria e sua forma de administração junto aos servidores da FUNARTE, a relação com o MINC, a lei Rouanet.

Fizemos sim barulho.

Barulho de quem tem fome; Mas não está reclamando.

Barulho de quem quer atenção; Porque está fazendo algo.

Barulho de quem tem uma proposta nova, uma; Porque ninguém disse nada até agora.

Barulho de quem está vivo e apaixonado

Por esse sonho que fazemos real-sonho.


Qual o medo.


E quando fui entrar no Teatro Municipal como todos os que estavam na fila, toda a falta de interesse, toda a ignorância me arrastou para fora, para a calçada através da atuação dos policiais com seu sub-texto dado – a ignorância com o que ocorre na cultura hoje para estarmos reivindicando ao invés de estarmos ensaiando, quanto para o interesse pessoal de um pau mandado que tem a coragem de dar cotoveladas às escondidas e chamar de merda minha pessoa - mal sabe que ele me chama de início do espetáculo, me chama de teatro, de MERDA! -, as caras falsas e cínicas e que só deflagravam os péssimos atores que são -


Qual era o medo de me deixar entrar no Municipal?

Eu tinha convite.

Estranho, não?!

Uma grande mentira.

Era o Te-ATO nosso e o Teatro deles. Uma mentira tão belamente escrita pela poesia de Ayná, que, talvez sem querer, revelou um crescimento pessoal, artístico e intelectual dela e porque não, nosso. Não deixando vazia nossa ação, como deixou todos os meios de comunicação que deveriam falar mais do estado da FUNARTE, como para o que aconteceu no Municipal, até para o nosso movimento e outras ações vivas do Rio de Janeiro.

Meu sangue ferveu, o nervo exposto – como já me chamaram no Sertões -, e o silêncio do Horácio-Fabiano xamã-ogã que me cuidou e segurou a escrotidão ampliando a nossa ação e revelando o que acontecia lá em cima. Tudo no silencio dele. E que era a verdade do que acontecia lá dentro. Uma comemoração de mortos, mortos-vivos. Pois lá ninguem tinha um projeto, algo de renovação como homenagem. Não. Apenas lembranças. Todos sabendo muito bem falar do passado e da importância, deixando de lado a própria força da pessoa para elevar o feito e não a vis a tergo.

O que se comemora?

E para que?


Tenho uma proposta – inocente talvez? - para a moral das homenagens.

Que para cada coisa homenageada seja feita algo de revitalização, de criação de uma outra coisa, investimento para nascer ou avançar a própria criação do homenageado, continuando a evolução que fez aquele como ícone. Que cada lembrança venha com uma ação de criação viva.

Porque o que vale do cultivo (?) de tal coisa se ela não vem carregada de um sentimento próprio. Parecendo ser sempre a coisa como ela é, e não como ela continua.


Confesso

Ter vergonha - e sou sem-vergonha -

Dos seguranças do Teatro Municipal, do tenente, do Major e alguns policiais que escondiam seus nomes - não sei se todos sabem o que isso significa-.

Que confessam estarem do seu lado olhando no seu olho, mas te carregando e te humilhando.

Tenho vergonha de que eles não saibam como e de quem cuidar – pra que polícia!? -.

Também do produtor do Municipal quem fez a politicagem para que a polícia me carregasse.

O teatro Municipal é do povo.

E eu tinha um convite.

Sou artista, e mereço, merecemos respeito, como artistas e cidadãos. Pois não é isso que vocês querem? Essa consciência dos direitos? Pois nós temos. E vocês parecem se esquecer delas. É elas são uma teia mesmo. Para nós ela é apenas mais uma máscara para nosso jogo de teatro. É tudo teatro. Ainda é um mal teatro.


É também de extrema importância a mobilização e conscientização por parte dos artistas dos problemas da cultura, das leis, das dinâmicas de verbas, porque senão sempre teremos policiais e produtores, ignorantes e burros em relação à sua função, porém vampiros do que é nosso Não por esse direito romano, ou civil o que for, mas do desejo, d paixão, do encontro.

Tenho vergonha - e sou sem-vergonha

Por não seguirem um coração múltiplo, o seu, quente de liberdade, e sim seguirem o coração gelado de um morto no poder.

Pois se as pessoas não dão valor ao trabalho que estamos fazendo na porta do Teatro Dulcina, e na montagem de A MORTA, para poder, além de desenvolver e refinar nossa linguagem como grupo afim de descobrir uma força cultural do encontro desses jovens, que represente o Brasil e possa criar e trabalhar na poesia de exportação ( em sentido amplo) – pois amamos esse país massacrador, desigual, lindo, envolvente, quente e frio, plano e de chapadões, píncaros, desertos, terras férteis, brasiltupy- branco, negro, e nada disso - temos como ícones os artistas que lutaram pela melhora e pela democracia, assim resolvemos fazer, continuar ao invés de ter que contar que o ex-ministro Gil que vá parar para conversar com os que roubaram o fogo da árvore da vida.- se ninguém chama isso de arte, é porque ainda não tiveram coragem de se entregarem para a alegria do encontro, a alegria de descobrir e aprender; essa outra coisa que estamos inventando, ou descobrindo, brincando. Brincando para viver, e comer.


Seriedade não é sisudez.

Tristeza, saudade do que foi e não terá no depois, do que ainda não veio.

E daí? Que tenho com essa fé?

Sofrer sim, mas sofrer bem, já me disse isso uma vez, uma certa cabra.


Saci

Amando

Chorando

Com saudade

Chamando

Sendo chamado nunca pondo ponto final


...

FREDY

Chega junto

dulcynelandia@gmail.com

Imagens de dentro do Teatro Regina-Dulcina


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